Avaliação diagnóstica: Consiste na primeira avaliação, na qual o fisiologista / preparador físico analisa os resultados e elabora um programa de treinamento tendo em vista a necessidade do atleta. Ex.: pré-temporada;
Avaliação formativa: A avaliação formativa, caracterizada pelas reavaliações periodizadas, informa sobre o progresso do atleta durante o período de treinamento, indicando ao fisiologista / preparador físico se o treinamento é o ideal ou se está sendo seguido corretamente. Ex.: durante as etapas do período de treinamento e competições;
Avaliação somativa: É a soma de todas as avaliações realizadas no fim de cada período, com o objetivo de ter um quadro geral da evolução do atleta. Ex.: ao final de uma temporada, ao final do processo de formação de um jovem atleta nas categorias de base.
As avaliações físicas na pré-temporada têm como intuito diagnosticar a condição atual dos atletas para que se possa elaborar um treinamento adequado de acordo com suas necessidades. Mas qual seria o momento certo para avaliar os atletas? Logo nos primeiros dias ou após um período de treinamento?
Neste momento, encontramos algumas opiniões divergentes. Há fisiologistas / preparadores físicos que não vêem a necessidade de avaliar nos primeiros dias, uma vez que os atletas se apresentam com uma condição física reduzida já esperada. No entanto, para outros a determinação de parâmetros logo nos primeiros dias permite uma análise mais detalhada da evolução do atleta a partir de uma condição de destreinamento. Cabe ao profissional da área decidir qual a sua forma de trabalho levando em consideração seu objetivo e tempo disponível na pré-temporada.
Ao considerar que devemos avaliar o atleta durante a temporada com objetivo de analisar a evolução do atleta e identificar o quão ótima está sua forma desportiva, alguns pontos devem ser analisados com cuidado. Deve-se atentar ao volume e intensidade aos quais os atletas estão sendo submetidos considerando os treinos, jogos e competições. Normalmente, evita-se realizar as avaliações físicas em períodos de grande desgaste sabendo que os atletas são orientados a realizar os testes no seu limite. Dessa maneira, riscos de lesões podem ocorrer.
E por fim, a avaliação somativa caracterizada pelo quadro final da condição do atleta servindo como parâmetro para identificar se foi atingido o objetivo estabelecido e para apontar futuros ajustes para uma melhor eficiência na busca pela forma desportiva ótima.
7 comentários:
Aê Capitão, pra vc, qual seria o momento certo para avaliar os atletas? Logo nos primeiros dias ou após um período de treinamento?
Na minha opinião, deve-se ter um período curto de treinamento antes da aplicação das medidas e testes. Isso porque a treinabilidade dos atletas nos primeiros dias é muito alta, o que garante adaptações funcionais muito rápidas.
No entanto, há dois lados nessa discussão. Se o objetivo é acompanhar o desenvolvimento do atleta desde o primeiro dia, melhor avaliar logo quando o atleta volta das férias. Mas se o objetivo é prescrever o treinamento a partir das avaliações, creio que o melhor seria avaliar depois de um curto período de treinamento, pois a avaliação logo no início poderia subestimar o estado da forma desportiva do atleta nas semanas seguintes, por conta do que foi citado acima no primeiro parágrafo.
Mas e vocês, o que pensam sobre o assunto??
Na minha opinião, avaliaria os atletas após um certo período de treinamento. A treinabilidade de um atleta de alto rendimento é muito elevada, dessa maneira não vejo necessidade de avaliar logo no início da pré-temporada.
No entanto, considerando atletas ainda em formação acredito que seria interessante a avaliação diagnostica já nos primeiros dias, tendo como objetivo conhecer melhor seu atleta que ainda passa por um processo de desenvolvimento, identificando a sua capacidade de recuperação da forma desportiva pós-inatividade, por exemplo.
Boas respostas!
Particularmente falando de atletas em formação, acredito que seria muito interessante criar um banco de dados com a realização de vários testes já no início da temporada, isso é claro, sendo feito por alguns anos.
Após esse período, já com um banco de dados repleto de informações referentes a indivíduos distintos e que por muitas vezes não praticam atividades sistematizadas, não será mais necessário a realização de testes no início da temporada. A partir deste ponto, já teríamos criado um paradigma e poderíamos comparar novos e antigos resultados, já sabendo como os jovens atletas deveriam estar condicionados.
Tendo em vista a nossa realidade, na formação sou a favor de testes no início da temporada, pelo menos por um tempo. Quanto aos atletas profissionais, como disse o Bruno, poderíamos subestimar os resultados e assim atrapalhar na formulação das atividades.
Uma outra aplicação de testes, na qual ainda tenho muitas dúvidas, são os testes que são usados para controle de carga durante um microciclo, durante a semana ou até mesmo durante uma sessão de treino. Esses testes geralmente são aplicados isolados, de acordo com a capacidade que está sendo trabalhada no momento, com o intuito de verificar os efeitos do treinamento, para assim manter ou alterar o programa de treinamento seguinte.
Vocês que já tem uma experiência maior na prática, poderiam comentar algo sobre esses testes de controle de carga?!
Se acharem que vale a pena, poderia até ser o assunto do próximo tema.
Bom assunto para uma próxima publicação. Tive uma aula sobre refinamento (tapering) faz um mês mais ou menos, mas nos esportes coletivos parece ser um pouco mais difícil controlar a carga do treino para otimizar a performance.
E existem poucos artigos sobre o assunto referentes a modalidades coletivas.
Estou enviando 4 textos no e-mail sobre refinamento.
Abraço a todos
Rodrigo, poderia enviar por email? marceloarouca_84@hotmail.com .Grato.
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